Toda empresa passa por diversas fases durante sua existência

É imperativo a organização repensar sua estrutura várias vezes e a velocidade de agir depende de seus fundadores ou gestores, mas, uma coisa é certa, todas vivenciam alguns momentos críticos, onde as necessidades de mudanças significativas tornam-se fundamentais para sua perpetuação.

Sendo assim, quando a empresa se encontra em um destes momentos, é vital que ela se reestruture e se reinvente para continuar no mercado.

Crescer e inovar exige novas estratégias, questionamento do status quo. Um processo de reestruturação bem elaborado, individualizado para cada empresa é fundamental para que ela possa navegar neste oceano cada vez mais turbulento com uma velocidade nunca antes atingida.

Neste artigo iremos comentar sobre os 5 principais motivos para iniciar um processo de Reestruturação.

1º – Falhas e retrabalho nas atividades

Como mencionado no início deste artigo, ao atingir uma nova fase de seu ciclo de vida, a organização tende a manter os procedimentos de trabalho sempre utilizados.

Na maioria das vezes estes procedimentos foram elaborados para um volume menor de trabalho ou para atuar em clientes com menor nível de exigência.

Estes procedimentos de trabalho devem ser reestruturados através do uso de ferramentas de automação e de inteligência artificial propiciando aumentar a velocidade e assertividade das atividades.

2º – Informações Truncadas ou imprecisas

O tempo de resposta para as solicitações do mercado e da própria equipe interna deve ser o menor possível para que o decisor não atrapalhe o bom andamento das atividades.

É normal que o decisor solicite informações ou relatórios para que possa tomar as decisões mais assertivas, o que demanda um certo tempo para a correta tomada de decisão.

Os processos de geração de informações devem ser revistos pois preparações e conferência de relatórios e levantamento de indicadores não tem mais espaço nas organizações atuais. Metodologias de informações online geradas nos próprios processos deve ser adotas para reduzir o tempo de resposta.

3º – Controles financeiros inadequados

Independente da fase onde a empresa se encontra, é fundamental que os controles financeiros sejam a representação precisa da situação da empresa.

Em número significativo de empresas, os controles financeiros são elaborados para atender as solicitações de gestores, que os interpretam conforme seu conhecimento.

As demonstrações financeiras devem seguir critérios técnicos extremamente rígidos, definidos por pessoal capacitado e geradas de forma automática, estando disponíveis a qualquer momento para gestores com capacitação para interpreta-las.

4º – Liderança desatualizada

O principal suporte para permitir o crescimento da organização, é uma equipe de líderes preparados para orientar suas equipes na superação dos desafios impostos pelo mercado através do desdobramento do planejamento da empresa.

Várias empresas tem sua liderança compostas por colaboradores que chegaram aos seus postos devido ao bom desempenho operacional e a sua lealdade e compromisso com o trabalho.

Os líderes devem ser pessoas preparadas para motivar as equipes para que atinjam seus objetivos. A pró atividade, capacidade de entender a aplicar inovações e a busca incansável pela inovação devem ser requisitos essenciais para a escolha de um líder. Cabe a empresa reestruturar os processos para identificar e qualificar seus líderes.

Em geral, o desenvolvimento da pequena empresa é antecedido pelo desenvolvimento de sua liderança. Só lideres maduros são capazes de perceber a importância do desenvolvimento da organização e, por conseguinte, a necessidade de sua reestruturação.

A visão de negócios da liderança de uma pequena empresa que está em processo de reestruturação será bastante ampliada e os modelos tradicionais de liderança baseada em hierarquia tendem a ser suplantados por um modelo baseado em autoridade e exemplo.

Esse é um tempo propício para o surgimento de novos líderes, em geral, forjados informalmente e que percebem a oportunidade de ascenderem na empresa, para posições de liderança formal.

2. Controle das informações

Pequenas empresas em desenvolvimento tornam-se mais exigentes com relação aos controles das informações e a oferta de informações com mais qualidade. As reestruturações exigem troca de sistemas computacionais e melhoria dos processos de análise de dados e tomadas de decisão.

Informação passa a ser um imperativo da organização, para que ela não perca agilidade e conduza suas decisões com mínimas possibilidades de erro.

3. Gestão financeira

Crescimento implica em aumento da produção, o que deve gerar crescimento da receita. Também significa que os gastos serão maiores e a gestão financeira precisa ser conduzida de forma cuidadosa e organizada.

Não se admite que uma empresa desenvolvida tenha controles financeiros feitos por pessoas que não tenham conhecimento de finanças e não saibam lidar com questões econômicas. A gestão dos recursos financeiros de forma precisa e criteriosa é uma condição para o sucesso das organizações.

4. Processos

O trabalho de reestruturação na pequena empresa, inicia pela identificação dos processos organizacionais necessários para que a operação seja melhorada e ganhe produtividade.  É comum que as pequenas empresas não tenham todos seus processos organizacionais estruturados. Muitas operações são executadas de forma manual ou fora de seus ambientes naturais. As pessoas executam processos de maneira sobrepostas, gerando retrabalho ou trabalho desnecessário.

Por isso, a identificação dos processos empresariais, sua normalização, implantação e controle precisam ser executados como atividade prioritária do plano de reestruturação.

5. Portfólio de serviços

As pequenas empresas não costumam ter um portfólio de serviços muito amplo, por isso esse é um item pouco afetado pelas ações de reestruturação. O que verificamos, na maioria dos casos, é uma consolidação do portfólio, suprimindo ofertas obsoletas ou inadequadas, desdobrando ofertas que se mostrem mais rentáveis ou reorientando o portfólio para um novo perfil de público alvo.

6. Cultura organizacional

Em todo processo de mudança organizacional o maior obstáculo a ser vencido é a cultura dominante na organização. Por mais conscientes que as pessoas estejam sobre a necessidade de promover uma mudança, elas resistirão a essa mudança, porque estarão aculturadas ao modelo dominante.

A cultura é resultado de um modelo mental, portanto não é possível muda-la apenas com alterações estruturais. É preciso transformar a mente das pessoas! Por isso, todo plano de reestruturação organizacional precisa conter uma estratégia de transformação cultural, que será implementada antes que as transformações objetivas da estrutura sejam iniciadas.

Por conta dessa necessidade de transformação cultural, muitas vidas são sacrificadas no processo de reestruturação. Esse é um dos motivos pelos quais os planos de reestruturação organizacional são mal vistos e mal falados.

7. Plano estratégico

Via de regra, nossos serviços de desenvolvimento estratégico contemplam a análise das condições estruturais.

Nossa experiência tem mostrado que os planos estratégicos das pequenas empresas precisam contemplar um plano de reestruturação organizacional. Não é raro nos deparamos com empresas que desejam definir suas estratégias de crescimento, mas ainda não estão estruturadas adequadamente para suportar as ações que desejam executar.

Nesses casos, a reestruturação faz parte da estratégia de crescimento, o que nos permite apoiar diretamente o cliente nesse processo, que costuma ser bem trabalhoso.