Como o Conselho de Administração deve se estruturar e atuar para mitigar este risco.
ESG é risco e por isso é pauta. A função básica de um Conselho de Administração é manter, na tomada de decisões, o direcionamento estratégico dos negócios, de acordo com os principais interesses da organização como um todo, protegendo seu patrimônio, zelando por sua perenidade e maximizando o retorno sobre seus investimentos.
Além do acompanhamento dos indicadores da empresa, a pauta do Conselho de Administração é construída sobre os riscos inerentes ao negócio ao longo do tempo. O tema ESG esta presente nas pautas das empresas Europeias desde os anos 90, no Brasil este tema é relativamente novo, mas tem sido cada vez considerado como um movimento estratégico para manutenção dos negócios.
Este movimento exige dos conselheiros, principalmente dos independentes, um “ajuste de rota” para avaliar se seu comprometimento com as políticas ambientais e sociais está realmente alinhado aos interesses da empresa, caso contrário deve repensar sua permanência no Conselho, pois este alinhamento é fundamental na condução do ESG.
É da natureza da maioria dos conselheiros, orientar suas ações no sentido de atender os interesses dos “shareholders”, que são os acionistas ou cotistas das empresas. No conceito de empresa ESG os conselhos devem alterar esta orientação para atendimento dos interesses “stakeholders”, que inclui os acionistas, a sociedade, o meio ambiente entre outros agentes.
Com estes ajustes realizados no Conselho, certamente as políticas ESG serão mais claramente definidas e monitoradas. O caminho mais usual para implantação do ESG é formação de um comitê para elaboração e implantação das políticas ambientais e sociais. Cabe ao conselho avaliar as políticas e aprovar, recusar ou ajustar.