A indústria de alimentos é uma das que mais consomem energia no setor produtivo. 

Processos de refrigeração, pasteurização, cozimento, transporte e armazenamento exigem altos volumes de eletricidade e combustíveis, o que impacta diretamente os custos operacionais e a sustentabilidade das empresas. 

Nesse cenário, a ISO 50001 surge como uma ferramenta estratégica para melhorar a eficiência energética, reduzir desperdícios e alinhar a operação às exigências do mercado e da sociedade.

O que é a ISO 50001?

A ISO 50001 é a norma internacional de gestão de energia que orienta empresas a estruturarem sistemas de monitoramento, controle e melhoria contínua do consumo energético. 

Seu foco não está apenas em economizar, mas em tornar o uso da energia mais inteligente, seguro e sustentável, contribuindo para a redução de custos e de emissões de gases de efeito estufa.

Para a indústria de alimentos, isso significa mais competitividade e alinhamento às exigências de clientes, órgãos reguladores e investidores que valorizam práticas ambientais responsáveis.

Por que a ISO 50001 é relevante para a indústria de alimentos?

A aplicação da ISO 50001 nesse setor traz benefícios diretos e mensuráveis:

  • Redução de custos operacionais: uso mais racional de energia em equipamentos de refrigeração, linhas de produção e sistemas de transporte;
  • Atendimento a requisitos legais e de mercado: conformidade com legislações ambientais e demandas de grandes redes varejistas por fornecedores sustentáveis;
  • Aumento da vida útil de equipamentos: a manutenção preventiva baseada no controle energético reduz falhas e paradas não programadas;
  • Fortalecimento da imagem da marca: consumidores cada vez mais atentos valorizam empresas comprometidas com a sustentabilidade;
  • Integração com outras normas: a ISO 50001 pode ser facilmente integrada a sistemas já existentes, como a ISO 9001 (qualidade), a ISO 14001 (meio ambiente) e a ISO 45001 (segurança do trabalho).

Como aplicar a ISO 50001 na prática?

Para colocar em ação um sistema de gestão de energia, a empresa precisa seguir algumas etapas essenciais:

1. Levantamento do consumo energético

O primeiro passo é mapear onde e como a energia é consumida. Na indústria de alimentos, os maiores pontos costumam ser câmaras frias, caldeiras, sistemas de ventilação e iluminação.

2. Definição de metas e indicadores

Com os dados em mãos, a empresa estabelece metas claras de redução de consumo e cria KPIs (Key Performance Indicators), como:

  • Consumo de kWh por tonelada de produto fabricado;
  • Eficiência de caldeiras;
  • Desempenho de sistemas de refrigeração.

3. Implementação de melhorias

Podem incluir desde trocas de equipamentos por versões mais eficientes até ajustes de rotina, como manutenção preventiva e treinamento de colaboradores.

4. Monitoramento contínuo

A norma exige acompanhamento periódico, relatórios e análise de desempenho, garantindo a melhoria contínua.

5. Auditorias e certificação

A etapa final é a auditoria de certificação, conduzida por organismo independente, que valida o sistema e assegura sua conformidade.

Exemplo prático na indústria de alimentos

Imagine uma fábrica de laticínios que gasta milhões de reais por ano em energia elétrica para manter câmaras frias e pasteurizadores. 

Com a implementação da ISO 50001, a empresa pode identificar desperdícios, adotar sistemas de automação e instalar medidores inteligentes. 

O resultado: redução de até 15% nos custos de energia em menos de dois anos, além de menor impacto ambiental.

A ISO 50001 não é apenas uma norma, mas uma ferramenta estratégica para transformar como a indústria de alimentos lida com energia.

Mais do que economizar, trata-se de aumentar a competitividade, reduzir riscos e atender às exigências de um mercado cada vez mais sustentável.

Quer saber como aplicar a ISO 50001 na sua empresa de alimentos? Entre em contato com a Qualimaster e fale com um de nossos especialistas.